Por Edmur Hashitani – edmur.hashi@gmail.com
A edição do Rio de Janeiro dos Jogos Olímpicos está repleta de momentos protagonizados por atletas que podem ser considerados verdadeiros representantes do espírito olímpico ou do espírito esportivo.
A etíope Etenesh Diro, por exemplo, concluiu a prova dos 3.000 metros com obstáculos descalça do pé direito, após perder a sapatilha em uma queda. Há também gestos simples como as corredoras da Maratona feminina distribuindo água para suas colegas/concorrentes que passaram mais longe do posto de hidratação.
Mas foram duas corredoras que protagonizaram o momento mais marcante do atletismo da Rio 2016 até agora, durante uma bateria dos 5.000 metros, equivalente àquela prova de 5k que gostamos de correr nos domingos de manhã.
Faltando dois quilômetros para o fim da prova, Abbey D’Agostino, dos Estados Unidos e Nikki Hamblin, da Nova Zelândia caíram. Mesmo machucada a americana ajudou a colega a levantar. Pouco adiante, D’Agostino voltou ao chão em virtude das dores que sentia. Foi quando Hamblin parou e incentivou-a a continuar até a linha de chegada, quando se abraçaram em uma cena emocionante. Depois, ambas foram recompensadas com uma vaga na final.
Veja o momento:
História
Quem não se lembra da cena da maratonista suíça Gabriele Andersen se esforçando para terminar a Maratona Olímpica de 1984 mesmo estando completamente tomada pelo cansaço? Mesmo que você tenha nascido após a cena ter acontecido, certamente já a viu pelo menos uma vez.
Também é impossível esquecer-se do sorriso de Vanderlei Cordeiro de Lima quando chega ao estádio após ter seu caminho interrompido enquanto liderava a prova mais clássica do atletismo durante os Jogos de 2004.
Muitas vezes, são imagens como essas que marcam uma edição dos Jogos Olímpicos, até mais do que medalhas e vencedores, do que pódios ou recordes.
Atletas olímpicos são seres extraordinários. Estão muito distantes de nós, simples terráqueos. Mesmo aqueles que ficam longe das medalhas e do pódio são heróis. Um olímpico nunca é um fracassado. Somente o fato de chegar à Olimpíada deve ser considerada uma vitória e fruto de muito trabalho, dedicação, dias, meses e anos de treinos.
Dos menores gestos aos mais incríveis, são essas atitudes que mostram que eles podem ser ainda mais especiais. Mas, ao mesmo tempo, também são esses momentos que os aproximam de nós, meros mortais, na simplicidade e na vontade de apenas concluir uma prova que não pode mais ser ganha.
Mais do que a competição, esses heróis e heroínas nos dão o exemplo da superação e da gentileza que fazem parte da essência de um verdadeiro esportista. Eles nos mostram que ser esportista vem antes de ser um competidor.
Então, em nossa próxima corrida ou próximo treino, não deixemos de lembrar-nos das atitudes que formam um verdadeiro esportista e assim, os próximos quilômetros nos deixarão um pouquinho mais perto deles. Os heróis.
A edição do Rio de Janeiro dos Jogos Olímpicos está repleta de momentos protagonizados por atletas que podem ser considerados verdadeiros representantes do espírito olímpico ou do espírito esportivo.
A etíope Etenesh Diro, por exemplo, concluiu a prova dos 3.000 metros com obstáculos descalça do pé direito, após perder a sapatilha em uma queda. Há também gestos simples como as corredoras da Maratona feminina distribuindo água para suas colegas/concorrentes que passaram mais longe do posto de hidratação.
Mas foram duas corredoras que protagonizaram o momento mais marcante do atletismo da Rio 2016 até agora, durante uma bateria dos 5.000 metros, equivalente àquela prova de 5k que gostamos de correr nos domingos de manhã.
Faltando dois quilômetros para o fim da prova, Abbey D’Agostino, dos Estados Unidos e Nikki Hamblin, da Nova Zelândia caíram. Mesmo machucada a americana ajudou a colega a levantar. Pouco adiante, D’Agostino voltou ao chão em virtude das dores que sentia. Foi quando Hamblin parou e incentivou-a a continuar até a linha de chegada, quando se abraçaram em uma cena emocionante. Depois, ambas foram recompensadas com uma vaga na final.
Veja o momento:
História
Quem não se lembra da cena da maratonista suíça Gabriele Andersen se esforçando para terminar a Maratona Olímpica de 1984 mesmo estando completamente tomada pelo cansaço? Mesmo que você tenha nascido após a cena ter acontecido, certamente já a viu pelo menos uma vez.
Também é impossível esquecer-se do sorriso de Vanderlei Cordeiro de Lima quando chega ao estádio após ter seu caminho interrompido enquanto liderava a prova mais clássica do atletismo durante os Jogos de 2004.
Muitas vezes, são imagens como essas que marcam uma edição dos Jogos Olímpicos, até mais do que medalhas e vencedores, do que pódios ou recordes.
Atletas olímpicos são seres extraordinários. Estão muito distantes de nós, simples terráqueos. Mesmo aqueles que ficam longe das medalhas e do pódio são heróis. Um olímpico nunca é um fracassado. Somente o fato de chegar à Olimpíada deve ser considerada uma vitória e fruto de muito trabalho, dedicação, dias, meses e anos de treinos.
Dos menores gestos aos mais incríveis, são essas atitudes que mostram que eles podem ser ainda mais especiais. Mas, ao mesmo tempo, também são esses momentos que os aproximam de nós, meros mortais, na simplicidade e na vontade de apenas concluir uma prova que não pode mais ser ganha.
Mais do que a competição, esses heróis e heroínas nos dão o exemplo da superação e da gentileza que fazem parte da essência de um verdadeiro esportista. Eles nos mostram que ser esportista vem antes de ser um competidor.
Então, em nossa próxima corrida ou próximo treino, não deixemos de lembrar-nos das atitudes que formam um verdadeiro esportista e assim, os próximos quilômetros nos deixarão um pouquinho mais perto deles. Os heróis.
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